No meio do caminho tinha pedra, buracos, carros estacionados, lixo e
outras irregularidades. A saga de quem trafega pela Avenida Emílio Bosco, no
Bairro Matão e pelos bairros e ruas vizinhas a pé é digna de uma via-crúcis.
O Portal do Matão percorreu vários trechos e flagrou dificuldades que
ilustram a rotina dos moradores do bairro: faltam calçadas, sinais de trânsito,
abrigos de ônibus, sinalização e, principalmente, fiscalização. Há estacionamentos
de comércios que invadem o passeio e impede a passagem dos pedestres, que se
arrisca no meio da rua. Sem falar nos motoristas que estacionam sobre a
calçada.
Os empecilhos começam por uma questão básica: em alguns trechos não há
calçadas e os pedestres precisam andar
pelo meio das ruas dividindo o espaço com os carros e motos. Os moradores
precisam caminhar pela pista para chegar ao seu destino. É o que faz os
moradores do condomínio Jatobá, nas fotos.
Neste trecho, pertencente ao condomínio, há desde placas de propaganda de posto de
combustível, até placas de sinalização de velocidade e radar e um tubo de
esgoto de concreto, impedindo a passagem dos pedestres.
Sem sinalização e
fiscalização, sobra o risco.
Outros pontos que carecem de sinalização e logística de tráfego são as
áreas próximas a centros de compras no coração do Bairro. No entorno do Balão
do Matão, na Avenida Emílio Bosco e na Avenida Minasa, perto do Supermercado Paulistão,
o pedestre tem dificuldades na travessia, devido à falta de sinalização de
trânsito adequada e a falta de fiscalização.
Diariamente, também, um número enorme de pessoas precisam contar com a
infração de motoristas para atravessar os cruzamentos da avenida Emílio Bosco.
Às vezes, é preciso esperar mais de 20 minutos. Quando chove é pior, porque
fica cheio de poças na rua e os carros dão aquele banho na gente — reclama
outra moradora. O pedestre sofre neste trecho. Ela diz que, no horário de pico,
os veículos são priorizados. Outro problema é a má educação dos motoristas. Há
uma inversão completa no trânsito: são os carros que ficam na calçada. Quando
não é buraco, é carro na calçada. A gente desvia de um e esbarra no outro.
“Acaba
gerando um trânsito sem definição para circulação de pedestres e condutores. As
pessoas que deveriam circular nas calçadas acabam circulando nas vias. O risco
de se envolver em acidentes é muito grande"
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